Temos em mãos uma obra densa, onde se revela o retrato de uma alma apaixonada por Deus e consumida pela causa do Espírito Santo. Vemos o perfil de uma mulher forte, decidida por Deus e dotada de audácia profética. À frente de seu tempo, ela inaugurou uma nova era na vida da Igreja, influenciando toda uma geração.

 Aquela que foi chamada de “Caneta de Ouro” tornou-se um instrumento nas mãos do Espírito Santo para inserir a Igreja no interior do Cenáculo e recordar que a santificação de cada cristão é obra do Divino Paráclito.

 Para compreendermos Elena Guerra, é necessário mergulhar em seu contexto familiar, eclesial e vocacional, e assim entender toda a sua espiritualidade. Não se pode entender Elena dissociada de sua Igreja local, de sua congregação, e principalmente de Leão XIII — aquele que ela mesma chamava de “o Papa do Espírito Santo” — com quem teceu longa correspondência e por meio de quem obteve importantes documentos para toda a Igreja sobre o Espírito Santo.

 Nesta nova edição, optamos por acrescentar um apêndice abrangendo três realidades que a obra original não contemplava: a beatificação (visto que, à época, Elena ainda era venerável), a chegada da devoção ao Brasil (incluindo o milagre ocorrido aqui) e, por fim, sua canonização, realizada no ano de 2024.