"Deve-se queimar Roland Barthes?" Esta pergunta, que aparecia na cinta à volta de um de seus livros, revela um dos traços primordiais que envolveram a figura de Barthes: a polêmica. Com efeito, desde o seu aparecimento nas letras, o seu nome esteve no centro do debate contemporâneo de ideias no campo da filosofia, das artes, e sobretudo da literatura, tornando-se um dos mais notáveis paladinos da moderna crítica de base semiológica e estrutural, que toma a linguagem, em toda a sua riqueza expressiva, com um elemento fundante do fenômeno literário. Mas, nem por isso, deve-se confundi-lo com alguns dos ressequidos esquematizadores e redutores do papel da palavra como criação e significação nas letras, como a sua célebre defesa de ''O Prazer do Texto'' viria comprovar e como o leitor poderá verificar em várias de suas mais marcantes contribuições ensaísticas reunidas neste volume, que é um instrumento imprescindível de trabalho, tanto para quem se dedica à teoria literária quanto para os que estudam as comunicações e as ciências humanas em geral.
Editora Sétimo Selo
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