Em Introdução às Artes do Belo, o autor pretende responder à pergunta elementar a respeito desse tema: “Mas, afinal, o que é a arte?”.

A resposta simplesmente nos espantará. Pois, contrariamente às nossas expectativas, veremos que a arte, segundo a essência que lhe é própria, absolutamente não é um tipo de conhecimento. Ora, se a essência de uma coisa é aquilo que a faz ser o que é, fica claro que a arte, essencialmente, não é da ordem do conhecer, mas do fazer: a arte é arte, com efeito – coisa que o termo grego techné evidencia –, por ser uma técnica de fabricação de um objeto específico, com tais e tais características.

Guiados, então, pela mão de Gilson, acompanharemos o desfile da integritas ou perfectio, da harmonia e da claritas, atributos metafísicos do belo artístico. E chegaremos ao final da leitura com uma ideia mais simples, mais sólida e mais exata de por que, e como, a arte é, nada mais, nada menos, aquilo que é.