No Orestes, Eurípedes cria uma intriga nova, ilustrando a afirmação de Aristóteles de que o poeta deve ser, sobretudo, criador de mitos: situa-nos nos momentos posteriores ao matricídio, retardando-os, a nossos olhos, quase uma semana. Diferentemente do que se passa na sua Eletra, analisa o tormento interior do protagonista e as dificuldades exteriores que acompanham o seu irrequietum cor e que, de modo importante, condicionam a consciência e a dor de Orestes. Constituem ainda novidade, nesta tragédia, a doença de Orestes e sua representação em cena, a presença de tindáreo - que nas tragédias gregas aparecia com uma função exclusivamente patronímica - e o julgamento de Orestes por uma assembléia volúvel, em Argos.
Editora Sétimo Selo
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