A liturgia católica é muito mais do que seus textos. Ela é uma síntese de vários outros aspectos da linguagem não-verbal do sagrado — gestos, música e arquitetura — que apontam para Deus. A noção moderna é de que a beleza está no olho daquele que vê. A experiência dela seria, então, inteiramente subjetiva; mas a sagrada liturgia tem critérios bastante objetivos para avaliar seus elementos.

Segundo o Papa Bento XVI, “a grandeza da liturgia depende de sua não-espontaneidade”. Isto é, a contínua experimentação litúrgica não é capaz de expressar o sagrado, porque a inovação não satisfaz o anseio pelo transcendente que há no coração humano.

A partir de documentos da Igreja e com bases antropológicas de estudiosos do assunto, o autor demonstra como a beleza e a estabilidade rituais, imitando Aquele que é Belo e Imutável, facilitam a ação da graça no Corpo Místico de Nosso Senhor.