Fora aquilo que ele conta sobre si mesmo em seus poemas Teogonia e Trabalhos e Dias, pouco se sabe sobre Hesíodo. É, aliás, pela referência que faz, em Trabalhos e Dias, ao fato de ter ganho um prêmio nos jogos fúnebres dedicados a Anfidamante, em Cálcis, que é definido cronologicamente o tempo em que o autor viveu — entre o final do século VIII a.C. e o início do século VII a.C. —, uma vez que a arqueologia comprova a existência de tais jogos nesse período. Segundo Werner Jaeger, foi justamente com Hesíodo que o subjetivo foi introduzido na literatura, o qual cita a si mesmo em suas obras e põe traços de sua história pessoal em seus cantos. Em Teogonia, o poeta fala sobre a origem do universo e a genealogia dos deuses e dos heróis (estes últimos são os nascidos da união de deuses com mortais). Em Trabalhos e Dias, além de narrar mitos como o de Pandora, o de Prometeu e o das Cinco Idades, Hesíodo faz uma série de recomendações a Perses (seu irmão) sobre a necessidade de cultuar o esforço e o trabalho, indispensáveis para que possa existir verdadeira justiça.
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